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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Bienal de Arte 2010

                               " sempre um copo de mar para um homem navegar"

     Na visita a 29ª Bienal de Arte, nossos alunos conheceram os terreiros. Os seis terreiros comunicam por linguagens visuais, já que é tão difícil exprimir tudo apenas em palavras. Cada grupo conheceu um terreiro: Dito, não dito, interdito; O outro, o mesmo; Longe daqui, aqui mesmo; Eu sou a rua; Lembrança e esquecimento; A pele do invisível. Vejam o que eles contaram sobre a visitação, o vídeo produzido e o comentário da professora Betania (Arte):

     "A obra A origem do terceiro mundo de Henrique Oliveira, para dizer a verdade foi a que mais gostei. Pelo o que entendi, a função da Arte Contemporânea é para pensarmos e fazermos reflexões, porque  todas as obras giram em torno das relações entre arte e política. A série Inimigos, de Gil Vicente, está causando polêmica. Nela, o artista retrata a si mesmo matando personagens famosos como Fernando Henrique Cardoso e Lula. A Ordem dos Advogados de São Paulo divulgou que se coloca contra a exposição da série por fazer apologia ao crime. Realmente é chocante quando olhamos para estas obras. Infelizmente não deu para ver todas as obras porque são 850 instalações de 159 artistas, mas o pouco que vi foi maravilhoso, vale a pena conferir".
Rosana Lettiere, 8ª A (EJA)

     "Vi muitas coisas interessantes na Bienal, alguns quadros e até arte inovadora. Um dos lugares que conheci foi o Inferninho, um lugar muito legal, um cubo enorme, todo preto com jogo de luzes e areia no chão. De certa forma, o nome já diz Inferninho, o lugar é para te deixar incomodado de qualquer forma. A mulher (monitora) que atendeu os alunos foi muito gentil e teve muita hospitalidade, explicou obra por obra, falando a história de cada uma delas. O lugar (Oca e Ibirapuera) é muito bonito, cheio de árvores e grama. Aproveitei bastante esta Bienal".
Adolfo, 8ª A     

     "Este mês teve arte política, artes que nos mostravam coisas do nosso dia-a-dia. Por exemplo, uma parede de papelão no meio da Bienal, para nos alertar que muitas vezes no nosso dia-a-dia as coisas passam despercebidas e não paramos para questioná-las, e pensar porque são assim. Também tinha uma parede cheia de “piches”, para mostrar que o que antes era considerado vandalismo hoje é para muitos arte. Tinha também uma lousa para simbolizar o conhecimento que é passado para nós e muitas vezes é jogado no lixo, vira pó. A Bienal é muito legal, porque nos mostra coisas do nosso dia-a-dia que não prestamos atenção, que não reparamos".
Karen Nogueira, Larissa Aguiar, Daniele Santos, 8ª A

     "Quando recebi a autorização da escola para o passeio, estava sem expectativa nenhuma, pensei até em não ir. Acho que se não fosse, me arrependeria. Lá vimos pessoas que demonstravam o que realmente sentiam e encontravam na arte a forma de se expressar. Eu também sou assim, danço ballet e na dança mostro às pessoas como estou me sentindo. Quando se fala em arte, as pessoas geralmente lembram de pintura, mas a Bienal mostra exatamente o contrário, lá encontramos coisas bem estranhas e até bizarras, mas só indo lá pra saber do que estou falando. Por isso indico a visita à Bienal".
Ingrid Lopes, 7ª C

     Gustavo, aluno da 7ª A, produziu um filme inspirado no terreiro "A Pele do Invisível", um espaço da Bienal de Arte que discutiu a exclusão social. Com o título "Pessoas Invisíveis", o estudante mostrou trabalhadores e moradores de rua: http://www.youtube.com/watch?v=Fcn1eKfbXiw.

     "Durante as aulas de Artes discutimos a fruição da 29ª Bienal de Arte. Desta discussão sugeri diversos trabalhos (suportes, soluções plásticas, fontes vivas de pesquisa) orientando como poderia ser, por exemplo, a elaboração de slides, as fotografias, a palavra visual. Refletimos sobre a invisibilidade entre as pessoas, a postura ideológica, a relação entre Arte e Política (que foi o tema desta Bienal). Ao produzir uma arte, o artista faz escolhas (temáticas, materiais, espaços, soluções, etc.) e toda escolha é uma ação política".
Betania, professora